(foto: U. Marcelino\Agência Reuters)
Alberto Magnaboschi – Campinas\SP
Após
várias especulações sobre a demissão de Luiz Henrique Mandetta do cargo de
Ministro da Saúde, o Presidente Bolsonaro exonerou Mandetta nesta quinta-feira (16);
escolhendo para o cargo o médico oncologista e empresário Nelson Luiz Spearle
Teich, que trabalhou na eleição de Bolsonaro em 2018.
Nelson
Teich, discursa em tom diplomático de que todas as medidas de prevenção já tomadas
até então para o controle da doença, serão mantidas; até mesmo a condição de
isolamento social, ação muito criticada por Bolsonaro alegando que tal determinação
estaria atrapalhando o crescimento do país, e que a COVID-19 não seria tão
grave como vinha sendo informado. Teich terá um grande desafio pela frente;
além do controle da pandemia; ele chega ao governo com a missão estabelecida
por Bolsonaro de retomar de forma gradual, as atividades econômicas até então,
paralisadas pela quarentena.
Segundo,
vários especialistas políticos, Bolsonaro atualmente está enfraquecido e seu
governo não tem preparo para lidar com um novo rumo na condução da crise. Mesmo
substituindo Mandetta; como uma tentativa de demonstrar poder, a decisão de
continuar com a paralisação de diversos seguimentos da economia está definitivamente
com os Governadores e Prefeitos, com o aval do Supremo Tribunal Federal (STF);
Bolsonaro chegou a editar uma Medida Provisória (MP) dando a si mesmo, poderes
de determinar quais seriam as atividades essenciais que não poderiam ser
paralisadas pelos Estados e Municípios; tentando ainda liberar a abertura de
igrejas no país. O Supremos Tribunal Federal (STF), declarou inconstitucional a
MP; garantindo autoridade de decisão de manter ou não o isolamento aos Estados
e Municípios, inclusive com a restrição de trânsito nas rodovias.
Segundo
o Datafolha, em pesquisa no início de abril; a atuação de Luiz Mandetta, tinha
76% de aprovação popular. A mesma pesquisa mostra aumento de 33% para 39% de
reprovação do presidente, já o percentual de brasileiros que avaliaram bom ou
ótimo caiu de 35% para 33%. A demissão de Mandetta, na situação atual terá um
custo político para Bolsonaro e seu governo envolto de intrigas e vaidades.
Rodrigo Maia (Presidente da Câmara dos Deputados) e Davi Alcolumbre (Presidente do Senado),
em nota conjunta demonstrando um contraponto à Bolsonaro; cobram do novo
Ministro da Saúde Nelson Teich, uma continuidade do trabalho que já vinha sendo
realizado, agindo com vigor seguindo as melhores técnicas científicas. ¨A vida
e a saúde dos brasileiros devem ser sempre nossa maior prioridade¨; afirma a
nota.
Triste o que está acontecendo com nosso país.Infelizmente vidas são menos importante do quê a guerra política e o capitalismo.
ResponderExcluir