© Rodrigo Cavalheiro/Estadão Um ano após a inauguração da primeira fase do porto, moradores de Mariel ainda não viram melhora na infraestrutura da cidade |
RIO - O governo de Cuba deve US$ 40 milhões ao Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), relativos,
principalmente, a parcelas do financiamento concedido à construtora
Odebrecht para construir o Porto de Mariel a cerca de 40 km da capital
Havana. Na última segunda-feira, dia 17, após seis meses de atraso na
parcela de junho, o banco formalizou o calote e pediu indenização de US$
6,5 milhões ao Tesouro Nacional.
A União é garantidora da
operação, por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE). A assessoria
de imprensa do BNDES informou que as “negociações seguem em curso, por
meio do governo brasileiro, que está empenhado em recuperar os créditos
das operações de exportações brasileiras”.
Além de bens e
serviços de engenharia, o BNDES financiou exportações de bens de capital
brasileiros a Cuba, como ônibus, tratores e colheitadeiras. O banco
acrescentou ainda que o FGE, superavitário em cerca de US$ 1 bilhão, “é
formado com o pagamento de prêmios pelos importadores justamente para
cobrir os riscos dos financiamentos”.
A construção do Porto de
Mariel pela Odebrecht está inserida num contexto de aproximação política
e econômica do Brasil com Cuba, durante o governo do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Parceria A estratégia, na
época, era que as empresas nacionais participassem de grandes obras de
infraestrutura em países da América Latina e África, com o apoio
financeiro do BNDES. Com a eleição de Jair Bolsonaro à presidência da
República, essa parceria foi interrompida.
Ao governo brasileiro,
Cuba alegou que está atrasando o pagamento do financiamento do BNDES
porque a destruição causada por um furacão gerou prejuízos financeiros
dos quais ainda se recupera.
fonte: MSN Brasil
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